As mudanças climáticas são amplamente reconhecidas como o desafio global mais crítico de nossa era.
No entanto, os muitos efeitos das mudanças climáticas são sentidos mais fortemente nas comunidades mais pobres. Para evitar impactos devastadores, o mundo precisa de ações urgentes nas próximas décadas, com mudanças radicais até 2050 (IPCC 2018).
O ensino superior tem um papel crucial a desempenhar na resposta à crise climática, não apenas por meio da realização de pesquisas, mas também do ensino, envolvimento da comunidade e conscientização pública. Este projeto visa fortalecer a contribuição das universidades para a abordagem das causas e impactos das mudanças climáticas em contextos de baixa renda. Ele se concentra em quatro países: Brasil, Fiji, Quênia e Moçambique. Ao fazer isso, o projeto contribui para a tarefa mais ampla de compreender o papel da educação no alcance do conjunto completo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Quais são os efeitos das iniciativas universitárias locais sobre as ações e ideias relacionadas às mudanças climáticas no Brasil, Fiji, Quênia e Moçambique?
Como essas ações informam nossa compreensão do papel do ensino superior no desenvolvimento sustentável?
Onde trabalhamos
Objetivos do projeto
O projeto tem os seguintes objetivos centrais:
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Apoiar ações locais sobre mudanças climáticas no Brasil, Fiji, Quênia e Moçambique por meio da criação de grupos de pesquisa-ação participativa nas universidades
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Avaliar a cobertura existente do tópico das mudanças climáticas nos currículos, na pesquisa e nas atividades de extensão das universidades nos quatro países
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Contribuir para a teoria e compreensão do impacto do ensino superior nas mudanças climáticas e no desenvolvimento sustentável
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Construir e fortalecer redes universitárias nacionais, regionais e globais e o intercâmbio de conhecimento sobre mudanças climáticas
Nosso impacto planejado
Este projeto visa trazer benefícios para comunidades em quatro países de baixa e média renda por meio do aumento das contribuições das universidades na resposta às mudanças climáticas.
Os quatro países participantes do estudo contêm populações altamente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Em Fiji, o aumento do nível do mar é o principal risco. Quênia e Moçambique estão sujeitos a padrões climáticos extremos e ameaças à agricultura e à segurança alimentar, enquanto muitos brasileiros vivem em moradias precárias, vulneráveis a enchentes. Todos os quatro países contêm proporções substanciais de suas populações vivendo na pobreza e sem acesso ao apoio que poderia ajudá-los a se adaptar a essas mudanças.
Respostas positivas às mudanças climáticas podem existir na forma de mitigação ou adaptação. Mitigação consiste em medidas para prevenir ou limitar as mudanças no clima (principalmente através da emissão de gases de efeito estufa) por meio de mobilizações para mudanças nas políticas ou criação de alternativas; e adaptação se refere a estratégias para administrar os efeitos que já são evidentes.
Sobre
Equipe do Projeto
O projeto inclui uma equipe transversal na University College London, Reino Unido, onde o Investigador Principal está localizado. Quatro Co-Investigadores lideram equipes em cada um dos quatro países parceiros, apoiados por quatro Conselheiros nacionais. A Associação das Universidades do Commonwealth é a parceira de impacto e troca de conhecimento.
Sobre nossa pesquisa
Este projeto visa fortalecer a contribuição das universidades em países de baixa renda para enfrentar o desafio das mudanças climáticas.
O papel da pesquisa e inovação nesta tarefa é amplamente reconhecido, e as universidades ao redor do mundo estão intimamente envolvidas nas tarefas de monitoramento, interpretação e resposta ao processo e aos efeitos do aquecimento global. No entanto, o papel mais amplo das universidades no tratamento da crise climática ainda é pouco pesquisado. Como os cursos oferecidos pelas universidades abordam a questão das mudanças climáticas e com quais formas de aprendizagem relacionadas ao clima os alunos se envolvem no campus e fora dele? Que impactos as universidades têm sobre as mudanças climáticas por meio de atividades de extensão, no fomento do debate público sobre o assunto e na forma como incorporam os princípios da sustentabilidade em suas próprias formas institucionais?
Essas contribuições das universidades além da produção de conhecimento são fundamentais para enfrentar as mudanças climáticas, dadas as profundas raízes sociais, políticas e econômicas da crise e a necessidade de se envolver com o desenvolvimento profissional, a ação cívica e a consciência pública. Ao mesmo tempo, é claro que, apesar das potencialidades das universidades nesse sentido, muito mais poderia ser feito. Esse é particularmente o caso em países de baixa e média renda, nos quais há um impacto desproporcional dos efeitos mais devastadores das mudanças climáticas.
Este projeto aborda essas questões no contexto dos sistemas de ensino superior do Brasil, Fiji, Quênia e Moçambique. Esses países foram selecionados em função da vulnerabilidade de suas populações aos desastres climáticos, mas também pelas potencialidades de seus sistemas de ensino superior para responder aos desafios e gerar aprendizados que podem ser utilizados em outros contextos. Os países apresentam características distintas em relação à sua cultura, política, economia e geografia, bem como em seus sistemas de ensino superior, o que permitirá possibilidades significativas de aprendizagem nos quatro países e com o Reino Unido.
Pacotes de Trabalho (1 – 4)
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Organização líder da pesquisa: University College London, Educação, Prática e Sociedade financiado pelo órgão de Pesquisa e Inovação do Reino Unido - UKRI. Referência da concessão ES/T005130/11. Fevereiro de 2020 - Janeiro de 2023
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